sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Objeto para si


A localização da casa parece assustar. Quem houve a palavra “deserto” imagina uma paisagem bastante austera, ideia essa que é quebrada ao se ver as fotos de onde ela é implantada. Por ter uma grande camada verde de grama e uma enorme piscina, além da vista de fundo montanhosa, a sensação de aridez é substituída por uma sensação de frescor.

O fato de a casa ser predominantemente horizontal e ter muitos panos de vidro nos faz imaginar que o vento corre com certa facilidade por seu interior.
O uso da pedra nas paredes e da madeira no piso e no teto do terraço cria uma atmosfera aconchegante, assim como as cores escuras aplicadas em algumas superfícies ajudam a “aquecer” os ambientes. As cores claras e os vidros usados na maioria da edificação iluminam a mesma, transmitindo-nos a sensação de tranqüilidade e espaço.

Parece-nos que as pessoas que a habitaram procuravam uma espécie de refúgio, com a finalidade de esquecer os seus problemas cotidianos.

Comparando-a com outros projetos de Neutra:
As características predominantes na maioria de seus projetos residenciais são horizontalidade, o uso de paredes claras e panos de vidro.

A Casa Kaufmann se destaca pela sua planta recortada, o que não se vê, por exemplo, nas Casas Beard e Miller. Esta última, porém, tem paisagismo bastante semelhante com a casa estudada, mas um contexto geral bem menos atraente.

Um aspecto que se repete tanto na Casa do Deserto, quanto na Casa Tremaine é o avanço que a coberta dá sobre o exterior.

Já uma casa que é bem distinta da Kaufmann, e que também foi citada no trabalho, é a Casa Case Study nº 20, com estrutura de madeira e paisagismo vertical abundante.

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